O que você entendeu errado sobre missões #2: "Não vou sair do país agora, portanto não há muito que eu possa fazer"

Às vezes acreditamos que se não estivermos embarcando para uma selva em algum lugar na Papua Nova Guiné, ou como não somos médicos formados para erradicar doenças na África...

Talvez, não há muito mais para se fazer a fim de nos envolvermos com os confins da terra.

Passei oito anos depois da universidade apenas vivendo a vida, indo à igreja, trabalhando, criando filhos, fazendo scrapbooking, jogando vôlei e planejando férias. Não era uma vida nada má.

E eu tinha me acomodado a uma rotina fácil, de compromisso mínimo, uma rotina que basicamente servia a mim mesma.

Eu também tinha me isentado de qualquer responsabilidade ou privilégio de ser uma luz para as nações - e mesmo para nossa própria comunidade - porque meu marido e eu não nos víamos vivendo em uma tribo num canto escondido do mundo.

Então, veio o 11 de setembro!

De repente, assim como o resto do mundo impactou a minha vidinha cotidiana.

As notícias, os problemas que o resto do mundo enfrentava, as nações… tudo começou a afetar minha pequena bolha, privada e segura, quer eu quisesse ou não.
E isso pode ter acontecido no Brasil com a pandemia em 2020…

Eu não podia mais me isolar das questões de um mundo cada vez mais interconectado.

Mas como eu poderia ser luz - como Israel foi para as nações - a partir de onde eu estava em um bairro nobre nos Estados Unidos?

Então, um amigo do meu pai apareceu um dia em casa para uma visita.

Ele era da Índia e tinha uma personalidade carismática e uma fé contagiante para os milagres de Deus.
Enquanto eu o escutava, absorvia sua visão para defender a causa dos órfãos e viúvas de um país que abrigava um terço dos pobres do mundo e onde apenas uma pequena fração da população seguia Jesus.

Então, os meus dias um tanto insossos e comuns ganharam vida com a possibilidade de uma espiritualidade mais viva.

Falamos sobre as possibilidades de falar, escrever, orar, angariar fundos e até mesmo liderar viagens de curto prazo.

Eu não tinha percebido que eu poderia causar impacto nas pessoas do outro lado do mundo, estando exatamente no lugar onde eu morava.

Então, à medida que as oportunidades se abriam para promover o trabalho às nações, minhas experiências se aprofundavam. Deus me encorajou a fazer discípulos exatamente onde eu vivia, fazendo amizade com refugiados e estudantes internacionais que já estavam em minha cidade.

Então, em um um verão, me encontrei no deserto do Saara, sentada nas tendas de refugiados e ouvindo imãs (líderes espirituais muçulmanos) e pastores debaterem sobre nosso antepassado em comum, Abraão.

Em outra ocasião, acabei em uma pequena igreja no topo de uma montanha nas Filipinas, ouvindo crentes tribais, antigos adoradores de espíritos, animistas, contando histórias fascinantes sobre meus pais, que haviam vivido e trabalhado em sua tribo trinta anos antes.

E então, como às vezes acontece...

Deus acabou levando eu, meu marido, nossos quatro filhos para a Índia, a fim de vivermos e trabalharmos em uma cidade com poucos ocidentais.

O coração global de Deus pode se manifestar de várias formas dentro de nós.

Podemos ser chamados a permanecer:

• como mobilizadores visionários,
• doadores extravagantes,
• pessoas apaixonadas pela oração ou
• administradores efetivos que sustentam aqueles que vão.

Ou chamados para papéis de acolhimento eficaz, lançando-nos em comunidades de refugiados ou em universidades para fazer amizade com estudantes internacionais.

E enquanto seguimos a Jesus, discipulando as nações em nossos bairros, Ele pode até mesmo nos levar a mudar de continente, enquanto permanecemos abertos à sua liderança.

No entanto, descobrimos nosso papel em alcançar as nações começando aos pouquinhos, mas começando onde estiver, fazendo amizade com pessoas de outros países.

Sentiu o seu coração aquecer no decorrer deste conteúdo?

Então, quero te convidar a caminhar comigo e compartilharei mais reflexões de como você pode viver uma jornada incrível na missão de Deus onde você estiver!

****Trecho adaptado do Capítulo 1, do livro “No outro lado da rua e em todo o mundo”.